27 de maio de 2010

Eu e o meu bicho

Conviver com um animal de estimação é desfrutar de uma fonte inesgotável de alegrias, garantem os felizardos que vivem essa experiência. E a ciência comprova: eles trazem saúde e longevidade, além de melhorar a autoestima e espantar a solidão.



Cachorro, gato, cavalo, periquito. Quem tem ou já teve um bicho em casa sabe: eles são companheiros leais, carinhosos e nos fazem sentir muito amados, inclusive naqueles dias em que não estamos tão bem. Os benefícios da interação com os animais, entretanto, vão muito além. Pesquisas científicas realizadas em diversos países comprovaram que a empatia gerada pelo contato com um animal produz uma série de reações positivas no organismo, como baixar as taxas de colesterol, de triglicérides e a pressão arterial. É o efeito do afeto imediato que eles despertam em nós.
Graças a essa habilidade especial, cada vez mais profissionais de saúde têm recorrido à ajuda dos bichos para tratar pacientes com problemas físicos e emocionais. É o caso da psicóloga Kátia Aiello, de São Paulo, que trabalha com terapia assistida por cães. “São muitos os benefícios da utilização de animais para fins terapêuticos. No caso da psicoterapia, o cachorro funciona como um catalisador das emoções do paciente e pode ajudá-lo a enfrentar questões dolorosas e a se comunicar melhor com o terapeuta.”
Além de desenvolver um trabalho clínico, Kátia também é treinadora de cães terapeutas e faz parte da ONG Inataa (Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais), que realiza visitas de profissionais voluntários a asilos e hospitais, usando cães para interagir com os pacientes.
A participação dos bichos em terapias como essas, entretanto, requer a escolha da espécie adequada e certo preparo. “O cachorro consegue se relacionar muito bem com os pacientes com dificuldade para se comunicar, como crianças autistas e idosos. Estes, por sua vez, respondem positivamente ao tratamento, perdem o medo, participam mais dos exercícios e socializam melhor com outros pacientes após o contato com os animais. Porém, é preciso ressaltar que os cães foram treinados para isso”, explica Vinicius Fava Ri beiro, fisioterapeuta e diretor de terapia assistida por animais (TAA), do Inataa.
Embora no Brasil essas iniciativas ainda sejam discretas, intervenções assim são bastante reconhecidas no exterior. Um dos maiores defensores da TAA é o cientista comportamental Dennis Turner, presidente da Iahaio (Associação Internacional das Organizações para a Interação Homem- Animal), que organiza congressos em todo o mundo para divulgar os resultados benéficos desse tipo de terapia. Turner, que esteve no Brasil em 2001, participando da 9ª Conferência Internacional sobre as Interações Homem- Animal – realizada no Rio de Janeiro pela Iahaio em parceria com a Arca Brasil, Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal –, afirma que a simples convivência com bichos de estimação já é capaz de aumentar o bem-estar físico e emocional de seus donos, diminuindo as sensações de tristeza, solidão e ansiedade.

AMOR INCONDICIONAL
Alguns relacionamentos entre pessoas e bichos são tão especiais que acabam ficando famosos. É o caso do leão Christian, que protagonizou um reencontro emocionante com seus criadores, dois australianos que viviam na Inglaterra e o adotaram filhote. Depois de viver dois anos longe deles, o leão os reconhece e os “abraça” quando eles o visitam na África. A história, que se transformou no documentário Christian, the Lion at World’s End, rodou o mundo pela internet.
Segundo o veterinário homeopata Mauro Lantzman, especialista em comportamento animal e professor da Faculdade de Psicologia da PUCSP, conviver com um animal de estimação traz conforto e tranquilidade. “Os bichos fazem companhia, melhoram a qualidade de vida, não só de pessoas com algum problema de saúde, mas também das famílias, pois favorecem o contato e a comunicação entre seus membros”, explica. Mais do que isso: eles enchem nosso coração de afeto. A psicóloga Kátia Aiello conta que uma pesquisa realizada no Japão com dezenas de mulheres comprovou que, após adotarem filhotes, elas passaram a produzir mais ocitocina. Conhe cida como hormônio do amor, a subs tância é responsável pela sensação de alegria gerada quando a mãe dá à luz o bebê e quando ela o amamenta. Esses be nefícios são comprovados diariamente por pessoas que tiveram a vida transformada positivamente depois que passaram a conviver com os bichos.

O BEM QUE OS BICHOS NOS FAZEM
Conheça os benefícios dessa amizade sem fronteiras, de acordo com dados da Delta Society, Iahaio e Inataa:
-Ter um bichinho aumenta a autoestima e a responsabilidade das crianças, além de torná-las menos sedentárias.
-A presença de um cão durante as sessões de terapia proporciona uma melhor evolução do tratamento de crianças com alguma doença.
-Passar mais tempo com animais domésticos reduz a pressão arterial, a ansiedade e o estresse em adultos.
-Adotar um bicho traz um novo sentido à vida de idosos que costumam viver sozinhos, além de diminuir sua solidão.
-Proprietários de animais passam por menos consultas médicas e necessitam de menos medicamentos.
-Pacientes com mal de Alzheimer sentem-se menos ansiosos quando há um animal em casa.
-Pessoas que sofreram um ataque cardíaco apresentam sobrevida maior se conviverem com um bicho de estimação.
-Idosos asilados conseguem ter mais contato social e se comunicam melhor quando passam por terapia assistida por animais.
-Crianças internadas ou que passam por consultas frequentes reagem melhor ao ambiente hospitalar quando visitadas por cães terapeutas.



Pessoal, essa matéria foi publicada na revista Bons Fluidos de setembro de 2009 e eu quis trazer pro blog pra destacar o quanto é bom ter um bichinho de estimação. Essas fotos apareço com a Zara (cocker americana de 5 anos) e o Alemão (cocker inglês, de 15 anos) fazendo farra na minha cama heheheh. Ainda temos a Tofia(pequinês de 4 anos)para completar a turminha que faz a alegria do nosso lar!

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